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As orquídeas são plantas maravilhosas com particularidades que lhes confere uma beleza original, veremos neste artigo as muitas espécies de orquideas.
Catalogadas em mais de 35 mil espécies no mundo, elas são tão resistentes que apenas a Antártida não tem o prazer de ter a sua presença devido ao clima frio.
Embora seja uma planta silvestre, ela adapta bem cidades ou plantadas em lugares diferentes do seu habitat natural.
No Brasil, a floresta Amazônica é o lugar mais rico em espécie, no entanto essa fortuna poderia ser ainda maior se não fosse a ganância e o desrespeito do homem.
As orquídeas são plantas muito valiosas, sendo que algumas podem chegar até mil reais a planta.
Quer conhecer mais sobre as espécies de orquideas existentes, bem como suas particularidades no cultivo? Então leia o texto abaixo para saber mais.
CONHECENDO ALGUMAS ESPÉCIES DE ORQUIDEAS
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Brassavola
- A Orquídea Brassavola é nativa da região da América Central e do Sul, possui cerca de 17 espécies.
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Suas principais características
- são os pequenos pseudobulbos, de dentro deles saem um labelo branco, que forma uma espécie de tudo e tem o formato de coração no final.
Sua presença é muito comum em florestas úmidas desde o nível do mar até 1000 metros de altitude.
Sua grande maioria faz parte do grupo das epífitas, mas se adaptam bem aos vasos.
O tipo de recipiente ideal para ela é o famoso cachepô, fibras ou cascas de madeira, os vasos também são bem vindos desde que drenem bem a água.
Essa espécies de orquideas prefere temperaturas intermediárias e não suporta frio ou calor em excesso.
A luminosidade também deve ser moderada para que as flores produzidas possam durar mais tempo, perfumando ainda mais o ambiente.
Os substratos usados para plantar a brassavola em vasos precisam promover a correta drenagem da água, pois orquídeas morrem facilmente devido ao encharcamento.
A troca de vaso ou de substrato deve ser feita de acordo com a condição da planta ou necessidade devido à presença de fungos ou bactérias.
A adubação deve se feita durante a floração, de forma suave para não prejudicar a planta.
A adubação de reforço deve ser feita de forma suave, geralmente diluída na água das regas, preferencialmente na época da floração.
A primavera é a época preferida dessa espécie para florir desde que esteja recebendo iluminação de forma correta.
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BRASSIA OU ORQUIDEA ARANHA
As orquídeas Brassia ou Orquídea aranha são parentes da espécie oncidum.
Suas flores possuem pétalas muito compridas e finas que se assemelham bastante com as pernas de uma aranha, por isso o apelido de orquídea aranha.
Seu cultivo não é algo difícil de ser realizado e o resultado dos cuidados com elas são flores lindas e abundantes.
Uma das particularidades dessa espécie que são suas flores em formas de pernas de aranha tem um motivo especial que é de atrair as vespas.
Quando estas picam o labelo da flor, acontece a polinização.
Para cultivar essa espécies de orquideas é preciso dar muita atenção à questão da luminosidade que deve ser média.
Um dos sintomas de pouca luz é a ausência de floração, se isso acontecer leve a espécie par um local que ofereça um pouco mais de luminosidade.
A temperatura ideal varia entre 21 a 27° com queda de até 8° à noite.
As orquídeas normalmente não morrem de seca, no entanto essa espécie é uma das que logo dão sinal de falta de água, pois não gostam de ficarem secas.
Tome cuidado para não encharcá-las, isso pode até matá-las.
Para não errar a mão na quantidade de água e assim manter a umidade adequada.
Confira a terra diariamente com a mão até o fundo do vaso ou recipiente, o controle da umidade e da quantidade de rega vai depender do ambiente onde a orquídea estiver.
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CATTLEYA
Essa orquídea é também um tipo epífita, ou seja, usam os troncos das árvores para sobreviverem, sem serem parasitas, pois sugam do tronco apenas o que precisam para sobreviver.
Por se de fácil cultivo é uma das espécies preferidas para a comercialização, uma planta dessa espécie pode chegar ao valor de 1000 reais.
Elas podem ser encontradas do México até o sul da América do Sul, subsistindo aos climas mais variados.
Para cultivar essa espécie basta colocá-la em uma árvore ou um vaso com substrato, ela prefere local mais quente, sem, contudo, receber luz direta do sol.
Mesmo apreciando as temperaturas mais altas, ela não gosta de excesso de calor, por isso tome cuidado com o local em que ela vai ser colocada.
Durante o dia a temperatura pode variar entre 21 a 27° e à noite entre 13° a 16°, o tempo máximo de exposição ao sol diariamente é de cerca de 6 horas.
Tome cuidado com o excesso de umidade que pode levar à contaminação pela presença de fungos e bactérias e até mesmo levar a planta à morte.
Se escolher cultivar a espécie em um vaso, escolha um substrato que permita a correta drenagem da água, para que as raízes não fiquem encharcadas.
Os substratos mais indicados são as fibras ou cubos de coco, brita, esfagno, piaçava ou casca de pinus. Eles devem cobrir somente a raiz e derem trocadas periodicamente.
É preciso ter muito cuidado com o a rega, que deve acontecer no máximo 2 vezes por semana em dias mais quentes e uma vez por semana em dias mais frios.
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CATASETUM
Esse gênero de orquídea possui cerca de 176 espécies, sua maioria são epífitas, podendo ser também terrestres ou rupícolas.
Natural do continente americano, ela é bem comum no México, América Central e norte da Argentina.
Na Floresta Amazônica Brasileira ela também é muito comum, com estimativa de cerca de 100 espécies de orquideas.
O correto cultivo dessa espécie exige cuidados como temperatura mais quente, muita luz direta, ou seja, pode ser exposta ao sol sem riscos, rega moderada e adubação periódica.
A temperatura ideal para essa espécie pode variar de 25° a 38º graus, durante o dia, com queda de até 8° durante a noite.
Assim como o excesso de água pode ser extremamente prejudicial ao cultivo da planta, ela também sobre com a falta de água.
Para não haver problemas em relação à luminosidade, é preciso verificar as folhas da planta, se verde mais escuro pode ser falta de luz, folhas amarelas podem representar excesso de sol.
A adubação deve acontecer quando no mesmo período de floração, para que ela seja estimulada.
Para o plantio em vasos o material escolhido por ser plástico ou terracota, para ajudar na drenagem da água, pode colocar britas no fundo do recipiente.
O substrato deve ser colocado no fundo, após o plantio, o vaso deve ser preenchido com mais substrato até encher.
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ENCYCLIA
É também uma espécies de orquideas epífita, com flores pequenas, que não ultrapassam 4 centímetros de diâmetro.
É composta por cerca de 242 espécies, que podem ser encontradas em toda a América tropical.
Essa orquídea prefere alta luminosidade e climas intermediários, assim como as outras espécies precisam ser observadas, para que o excesso de luz e calor não seja prejudicial.
Em relação à luminosidade há um detalhe especial, embora elas gostem de alta luminosidade, após o plantio é bom acostumá-la aos poucos, começando 1 hora por dia e aumentando gradativamente.
Se preferir cultivar essa espécies de orquideas em vasos é preciso preparar uma mistura de pedras porosas e outros materiais como carvão, casca de pinus e pequenas pedras como a brita.
Os substratos devem ser substituídos com frequência, pois se apodreceram podem transferir fungos e bactérias para as plantas.
É importante que os vasos fiquem dispostos em locais mais ventilados para ajudar a mantê-los dentro do nível de umidade correta.
Alternativas de plantio é em cascas, placas ou pedaços grandes de madeira, que simulam bem o tronco de uma árvore, por possuir raízes bem finas, ela se fixa rapidamente na base onde foi colocada.
Para a adubação é recomendado o nitrogênio e o fósforo sempre antes da floração, o fósforo pode ser usado quinzenalmente.
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EPIDENDRUM OU ORQUÍDEA ESTRELA
Essa espécie foi uma das primeiras a ser catalogadas, com estimativa de 1000 espécies, mesmo após terem sido retiradas várias espécies do gênero.
Com boa floração, ela produz flores vermelhas, amarelas, roxas e brancas.
Também conhecida por orquídea estrela devido ao formato de suas pétalas.
Sua reprodução é bem mais fácil, pois é possível pegar o caule, cortá-lo em pedaços e replantar em musgo esfagno úmido, há grande probabilidade de crescimento.
Ela prefere luz forte, embora seja preciso observar bem a reação da planta, pois algumas podem recusar o excesso de luminosidade.
A temperatura para esse tipo de planta deve ficar em torno de 25° durante o dia, com variação de até 8 graus a menos durante a noite.
Outra preferência desse tipo de orquídea é a seca, não excessiva, por isso regue com cuidado, pois elas não resistem ao excesso de água.
Por crescerem muito, o ideal é que essa espécie seja plantada em vasos de barro maiores, pois o crescer em vasos pequenos elas podem causar desestabilidade, o que pode ocasionar quedas e consequentemente prejuízos à planta.
A adubação deve ocorrer de 15 em 15 dias com moderação, em relação ao uso de substratos devem imitar o máximo possível o habitat natural da planta.
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LYCASTE OU MAXILHARIA
As orquídeas lycaste ou maxillaria possui alguns nomes populares como orquídea tigre e orquídea aranha, são epífitas, ou seja, sobrevivem grudadas em troncos de árvores.
Essas espécies de orquideas são bem comuns na América Central e Sul, são consideradas uma espécie de média dificuldade para cultivo.
Elas marcam presença no Brasil, México e Caribe. É possível encontrá-las também em alguns países da América do Sul e Central.
A maioria desse tipo de orquídea é considerada epífita podendo chegar até 15cm de tamanho, produzindo flores amarelas com toques brancos e roxos.
Além de vários tons de vermelho, alguns tão escuros que chegam a ser confundidos com o preto.
É uma planta que não gosta de muita luminosidade, preferindo apenas a luz do sol do início da manhã e do final da tarde, no entanto em dias mais quentes ela prefere a sombra.
Se preferir cultivá-las em vasos é importante dar atenção ao substrato que não deve reter umidade.
Os mais indicados são o carvão vegetal, a casca de pinheiro, o musgo, a fibra de coco ou a perlita, esses não permitem que aconteça o encharcamento da planta.
Essa planta reage bem em locais com correntes de vento, desde que não seja em excesso.
A adubação fica por conta dos orgânicos que devem ser enriquecidos por nitrogênio ou potássio, que deve ser aplicado quinzenalmente.
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MASDEVALLIA
A orquídea masevallia possui cera de 350 espécies que preferem as regiões montanhosas, úmidas e frias.
A maioria das espécies é híbrida, ou seja, surgiram do cruzamento com outras espécies.
Podem ser cultivas em vasos, suportam luz solar indireta até 2 horas por dia, preferem temperaturas de 18 a 24 durante o dia e à noite de 13 a 16°.
Em casos de temperaturas superiores a 27 graus, é preciso ter maior cuidado com a planta, observando a constantemente para evitar danos irreparáveis.
A rega deve acontecer até duas vezes na semana, tomando sempre o cuidado para não deixar a orquídea encharcada.
Uma boa forma de verificar a umidade da planta, que não deve ultrapassar 80%, é colocando o dedo até o fundo do vaso para sentir se todo o substrato está úmido.
O substrato mais indicado para esse espécie é a casca de pinus, sendo que a adubação deve ser feita com regularidade, mas tomando sempre o cuidado para não exagerar.
Os substratos devem ser trocados até no máximo em 2 anos para evitar que apodreçam e tragam fungos e bactérias para a planta.
– MILTÔNIA
A orquídea da espécie miltônia assim como as outras é uma planta muito bonita e delicada, com uma infinidade de cores e um perfume muito delicado.
Possui cerca de 20 espécies catalogadas, possui uma singularidade que é de reproduzir grudadas umas às outras, o que faz com que a floração aconteça numa espécie de cacho.
Seu nome é homenagem ao orquidófilo inglês por nome de Fitzwillian, são muito encontradas na América do Sul e Central.
Sua época de floração se dá entre o outono e a primavera, podendo florescer em outras épocas do ano.
Uma de suas características marcantes é a duração da floração que pode chegar até 60 dias.
Por serem plantas muito delicadas, precisam ser cultivadas com muito cuidado, é uma espécie que não resistência á muita luz e calor.
Portanto, devem ser cultivadas á sombra, com variação de temperatura que varia de 10° a 27° no máximo.
Em períodos mais quentes essa espécie precisa de ser de 75% de umidade, no entanto, no frio, elas não devem ser regadas para que descansem.
Assim que florescem, devem ser levadas para dentro de casa, por isso devem ser plantadas em substratos que se assemelhem ao tronco de árvores.
Isso fará com que as flores durem mais tempo, devido à sombra e local mais fresco.
Os substratos devem ser trocados com maior frequência, pois essa espécie é muito sensível, sendo assim é aconselhável replantio uma vez por ano.
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ONCIDIUM OU CHUVA DE OURO
A espécie chuva de ouro ou oncidium é muito encontrada na América do Sul, seu apelido se deve ao fato da produção de flores muito amarelas.
Embora seja possível encontrar flores brancas, rosas, marrons, tigradas e até alaranjadas.
Algumas orquídeas florescem duas vezes ao ano e exalam um agradável cheirinho de chocolate.
Podem crescer até 40 centímetros e sua floração pode durar até 20 dias com core vibrantes.
É uma espécies de orquideas epífita, ou seja, sobrevivem presas ao tronco de árvores de onde retiram os nutrientes e a água que precisam.
Não suportam a luz solar excessiva e direta, por isso a meia sombra elas se desenvolvem muito bem.
Podem ser plantadas em vasos, desde que os substratos imitem os troncos de árvores, por possuir raízes bem finas, essa espécie brota com facilidade.
Embora você possa pegar um pedaço de tronco de árvore e levar para casa para cultivar as orquídeas é preciso que ele esteja limpo e livre de bactérias e fungos.
Pois eles podem ser transferidos para a planta encerrando a vida útil dela.
A adubação deve ser feita usando o NPK 10-10-10 diluído em água sempre no início do inverno e após a floração.
A rega deve ser feita com frequência, pois essa espécie gosta de água, porem deve-se tomar o cuidado para não encharcar a planta.
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ORQUÍDEA MARIPOSA
É uma espécie muito indicada por quem está iniciando o cultivo de orquídeas, por ser uma planta fácil de ser cuidada.
Possui cerca de 75 espécies, são nativas da Ásia tropical, com presença marcante no Sudeste da Índia.
São plantas praticamente sem caule, com folhas largas e gordas, que servem para armazenar água, possui raízes grandes e grossas, porém flexíveis.
Preferem pouca água já que tem a capacidade de armazená-la em suas folhas, não gostam de sol excessivo e direto.
Se forem plantadas em vasos, devem ser usados substratos naturais como a casca de coco, troncos de madeira, carvão e outros, tendo sempre o cuidado de estarem limpos.
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ODONTOGLOSSUM
Esse gênero de orquídea possui cerca de 100 espécies naturais, além dos híbridos, com diversas cores e tamanhos.
Sua aparência assemelha-se um dente e uma língua, por isso o nome que significa odonto.
A maioria das espécies naturais é epífita, ou seja, vivem grudadas nas árvores de onde tiram os nutrientes e água que precisam para sobreviver.
Costumam florescer uma vez a cada 10 meses e suas floração pode durar até 6 semanas.
Embora essa espécie aprecie a luz, ela não pode ser direta, a temperatura não pode exceder os 24° durante o dia e deve baixar até os 16° à noite para que a floração aconteça de forma correta.
Gostam de umidade, por isso não deixe suas raízes secas, mas tome cuidado para não encharcarem. Essa espécie deve ser molhada sempre pela manhã.
Podem ser plantadas em vasos, usado subtrato como a casca de pinus, sendo necessário fazer o seu replantio em um período de 1 a 2 anos.
A adubação deve ser feita à base de fósforo e potássio, sempre a cada duas semanas.
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PLEUROTHALLIS
Essa é uma espécies de orquideas considerada enorme, diante das outras espécies da mesma família, suas flores medem cerca de 1 centímetro.
Apreciam a umidade, que pode chegar à 70% e se esticar a 100% sem causar nenhum dano à planta.
Preferem temperaturas baixas, sendo que se passar de 21° elas podem secar fato que pode levar a morte da planta em questão de horas.
Não gostam de luz direta, no entanto a ausência dela também pode ser prejudicial.
Para a rega é preciso ficar atento ao fato de que esse tipo de planta não pode secar, portanto em caso de baixa umidade, a rega deve ser mais frequente.
Para o plantio é indicado casca de pinus fino ou musgo de esfagno em pequenos vasos que pode ser de plástico ou barro.
Podem ainda ser cultivadas em montanhas de galhos ou tocos de madeira.
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PHRAGMIPEDIUM
Conhecida popularmente como sapatinho, essa espécies de orquideas com uma beleza singular, com flores amarelas, rosa, verde, marrons e vermelhas, que duram até 30 dias.
Foi estabelecida em 1896 pelo botânico inglês Robert Allen, posssui cerca de 30 espécies, que podem ser encontradas no sul do México até o Sudeste Brasileiro.
Para cultivá-las é preciso ficar atento à temperatura, que deve variar de 21 a 27° durante o dia com uma queda de no máximo 13° durante à noite.
Isso é essencial para estimular a floração.
Essa espécie lida bem com a umidade que deve fiar entre 50 e 70% o que não exige rega constante.
Tenha o cuidado de não deixar a planta secar por completo ou encharcar pelo excesso de água.
Os adubos devem ser aplicados diretamente na raiz a cada 15 dias.
É uma das espécies mais caras, pois é possível cloná-las e a reprodução por semeadura pode demorar no mínimo 6 anos para floração.
CONCLUSÃO
As orquídeas são plantas exuberantes e luxuosas, que embora exijam muitos cuidados trazem uma beleza sem igual ao ambiente.
Há uma variedade muito grande de espécies, algumas são mais indicadas para quem está começando o cultivo agora.
Todo o esforço vale à pena para ter plantas bonitas, por isso não tenha medo de ter uma planta dessa espécie em casa.
Agora que você já conhece as principais espécies e como cultivá-las, escolha a que lhe agrada e comece já a cuidar de uma orquídea.
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